O desafio mais difícil: A comida!

Completamente mentalizados e já adaptados à realidade local começamos a entrar na rotina da escola. Mas ainda havia uma coisa que não tínhamos conseguido ultrapassar, a questão da comida. Nas primeiras refeições não fomos capazes de comer o que nos ofereciam… Comíamos muito pouco, o que nos salvava ainda era o arroz. Mas tal como conseguimos superar as condições do quarto, era também necessário darmos a volta à situação em relação à comida de modo a evitar que chegássemos a Portugal com a barriga a tocar nas costas.

Tínhamos noção do valor que aquela refeição tinha para aquelas pessoas e por isso decidimos que havíamos de nos habituar à comida. Mas o que era mau para nós era óptimo para eles. Mal dizíamos que não iríamos comer mais, aparecia sempre alguém para aproveitar o nosso mau apetite. Como disse, a Sols cozinha por vezes para mais de 450 pessoas por isso a comida é bem dividida de modo a chegar para todos.

Aqui a comida é sempre, mas quando digo sempre é mesmo sempre, ARROZ!!! Ao pequeno almoço, almoço, lanche e jantar, em qualquer altura do dia se tiverem fome comem um bocado de arroz.

O que nos salvou nos primeiros dias foi a comida maravilhosa oferecida de uma cambojana chamada Wonderfull. Ela sabia bem que para nós era difícil e trazia sempre qualquer coisa que ela tinha preparado para a sua família e partilha comnosco.

A Wonderfull foi sem dúvida uma pessoa importante para ultrapassar a questão da comida. Ela gosta muito de cozinhar  e para além de ser professora também é a responsável por fazer todos os dias as refeições para o Diretor da Sols, Mr.Amerjit.

Em conversa com ela, a Katy também lhe disse que gostava muito de cozinhar e tentámos saber onde poderíamos arranjar um fogareiro para podermos fazer de vez em quando as nossas refeições.

Mais uma vez, o nosso anjo da guarda, Wonderfull, amavelmente arranjou-nos um fogareiro, uma frigideira, pratos e talheres necessários para cozinhar. Ficámos logo derretidos com tamanha generosidade!

A Katy já podia cozinhar umas coisas e assim resolvíamos o problema da comida. Apesar de tudo também não iríamos cozinhar todos os dias pois há dias que a comida é comestível o suficiente é uma questão de hábito, mas que podia levar muito tempo e nós não queríamos ficar fraquinhos.

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